A proteção veicular tem ganhado espaço no Brasil como uma alternativa ao seguro automotivo tradicional, mas o que exatamente ela oferece e por que atrai tantos motoristas?

Diferente dos seguros regulados pela Susep, a proteção veicular funciona por meio de associações ou cooperativas, onde os associados dividem os custos de sinistros – como roubo, furto ou colisão – através de um sistema de rateio. Empresas como a PROAUTO e a APVS Brasil exemplificam essa prática, oferecendo cobertura nacional, assistência 24 horas e até rastreamento veicular, com foco em agilidade na indenização e serviços práticos para o dia a dia.
O modelo é simples: ao invés de uma seguradora assumir o risco, os próprios associados rateiam os prejuízos mensalmente. Segundo o Jusbrasil, essa estrutura, embora legal, opera fora da regulação oficial de seguros, o que pode gerar dúvidas sobre sua confiabilidade em situações extremas. Por outro lado, a Minuto Seguros alerta para um risco importante: como o valor do rateio depende da quantidade de sinistros no período, os custos podem variar, sem a garantia fixa de um seguro tradicional. Já o AutoPapo aponta uma vantagem clara – o preço, que pode ser até 50% menor que o de um seguro convencional, atraindo quem busca economia.
Na prática, a proteção veicular combina benefícios e incertezas. A PROAUTO, por exemplo, destaca a rapidez no atendimento, enquanto a APVS reforça diferenciais como o rastreamento, que agrega segurança. No entanto, os artigos informativos lembram que a falta de respaldo da Susep significa que o consumidor depende da solidez da associação escolhida. Assim, vale a pena? Depende do perfil do motorista: para quem aceita alguma flexibilidade nos custos em troca de economia e serviços básicos, é uma opção viável. Para quem prioriza segurança financeira e previsibilidade, o seguro tradicional ainda pode ser a melhor escolha. Antes de decidir, pesquise a reputação da associação e avalie os riscos – afinal, proteger seu veículo é também proteger sua tranquilidade.