O Susto e a Negociação: Lidando com o Preço do Seguro Auto

Quando o preço do seguro auto vem mais salgado que a conta do restaurante chique
A arte de transformar a indignação em um bom negócio
Tem certas coisas que chegam pelo e-mail e estragam o dia, né? Boleto do condomínio, fatura do cartão e… a renovação com o novo preço seguro auto. Lembro de um ano específico em que abri a proposta e quase caí da cadeira. O valor tinha subido uns 30%. Minha primeira reação foi puramente emocional. Fiquei irritada, senti meu rosto esquentar. “Um absurdo! Nunca usei, sou boa motorista, classe de bônus máxima… que palhaçada é essa?”.
O meu maior erro, que quase cometi, foi o de ligar para a seguradora no calor do momento, pronta pra cancelar tudo e xingar até a quinta geração da família do dono. Respirei fundo. O cheiro do meu perfume de lavanda, que eu uso pra acalmar, me ajudou a centrar. Decidi ligar pro meu corretor primeiro. A voz dele, calma e compassada do outro lado da linha, foi meu chão. Ele me explicou: “Doutora, o índice de roubo do seu modelo de carro aumentou muito este ano na sua região, isso impacta todo mundo”. Não era pessoal. Era o mercado.
O desafio foi engolir o orgulho e partir para a estratégia. Meu corretor me deu a dica: “Vamos reavaliar suas coberturas e negociar”. E foi o que fizemos. Revisamos tudo, tiramos uma coisinha aqui que eu não usava tanto, e ele conseguiu um desconto de fidelidade. O preço seguro auto final ainda era maior que o do ano anterior, mas ficou justo. Meu pai, quando contei, riu e disse: “É igual honorário, minha filha. Tem que saber justificar o valor e negociar”. A lição que ficou é: não aceite o primeiro preço. Questione, entenda, negocie. O preço seguro auto não é um número fixo, é um ponto de partida para uma boa conversa.