A Armadilha do Preço Baixo: Minha Experiência com a Cotação Proteção Veicular

Fiz uma simulação para entender um caso e o resultado me deixou de cabelo em pé
Por que a facilidade e o valor baixo deveriam acender todos os seus alertas
Para entender a fundo o caso do meu cliente, o Sr. Mário, decidi fazer eu mesma uma cotação proteção veicular. Entrei no site da tal associação. Era tudo muito colorido, chamativo, com banners piscando e a promessa de “economia de até 70%”. O design era para ser convidativo, mas para os meus olhos de advogada, soava como um alarme de incêndio.
Comecei a preencher. Ano do carro, modelo. E… foi isso. Não perguntaram minha profissão, meu CEP, se eu tinha garagem, meu histórico como motorista. Nada. Em menos de 30 segundos, o número mágico apareceu na tela. Um valor mensal tão baixo que era quase ridículo. Aquele número brilhava na tela do meu computador, parecendo bom demais para ser verdade. E, como aprendi na vida e na profissão, quando parece bom demais, geralmente não é. O erro que meu cliente cometeu, e que vi materializado ali, foi o de se deixar seduzir por essa simplicidade. Ele viu o preço baixo e sentiu o gosto doce da economia, sem perceber o amargor do risco que vinha junto.
Minha dica prática, que nasceu dessa experiência: ao fazer uma cotação proteção veicular, use o preço baixo como ponto de partida para uma investigação. Questione! “Ok, o preço é esse. Mas e o rateio? Tem teto? Se 10 carros forem roubados este mês, quanto a mais eu pago? Qual o fundo de reserva de vocês? É auditado?”. A cotação fácil e barata é a isca. Um consumidor informado não morde a isca, ele analisa o anzol, a linha e quem está segurando a vara de pescar.