Vantagens da Proteção Veicular em BH

 

O Olhar da Advogada: Desvendando a Verdade sobre a Proteção Veicular

 

 

Quando um cliente em pânico me ensinou a diferença crucial entre seguro e proteção veicular

 

 

Não é seguro, não tem SUSEP: o que você precisa saber antes de considerar essa opção

 

Vou ser bem direta com vocês, como sou com meus clientes. Por muito tempo, eu só ouvia falar de passagem sobre proteção veicular. Parecia uma alternativa, algo moderno. Até o dia em que um novo cliente, o Sr. Mário, sentou na minha frente, com os ombros caídos e um olhar de desespero que eu conheço bem. O carro dele, sua ferramenta de trabalho, tinha sido roubado há dois meses, e a associação que ele pagava religiosamente simplesmente parou de atender suas ligações.

Ele me entregou o contrato. A primeira coisa que notei foi a textura do papel, mais fino que o de uma apólice de seguro, quase informal. Enquanto eu lia, sentia o cheiro de café frio e ansiedade na minha sala. O desafio não era encontrar uma cláusula abusiva, mas explicar para o Sr. Mário que aquilo que ele tinha não era um seguro. Ele era um “associado”, não um “segurado”. A empresa dele não era uma seguradora, e sim uma associação sem fins lucrativos. E, o mais grave, não era regulada pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). Na prática, ele estava por conta própria.

Meu erro, anos antes, foi ignorar esse mercado crescente. Achava que era “coisa pequena”. Hoje, minha dica número um é: entenda a natureza jurídica do que você está contratando. Proteção veicular funciona em um sistema de rateio de despesas entre os associados. Se não houver dinheiro em caixa, você pode simplesmente não receber. É um risco coletivo, não uma garantia. Ver a ficha do Sr. Mário caindo, a compreensão do tamanho do problema… foi duro. Essa experiência transformou minha visão e hoje me sinto na obrigação de alertar: saibam onde estão pisando.