Adrenalina e Alto Risco: O Perigo da Proteção Veicular para Motos
Uma conversa séria na beira da estrada com um amigo do meu grupo de motociclistas

Por que a economia nesse caso pode custar sua paixão (e muito mais)
A estrada no fim de semana é meu templo. O cheiro de mato, o sol no capacete, o ronco dos motores. Numa dessas paradas para um café, no alto da serra, um amigo do nosso grupo de motociclistas veio me contar, todo orgulhoso, que tinha encontrado a solução para o seguro caro da sua moto importada: uma proteção veicular para motos. Meu coração de advogada e de amiga gelou.
Enquanto o sol brilhava no cromo das nossas máquinas e o cheiro de gasolina se misturava ao do café, tentei explicar. “Você entende que o risco de uma moto já é altíssimo, né? É por isso que o seguro é caro. Ele reflete uma estatística real”. Meu amigo riu, com aquela confiança de quem se acha imbatível. “Ah, doutora, mas eu sou prudente. E o preço é maravilhoso!”. O desafio era fazer um homem apaixonado por adrenalina entender um risco abstrato, contratual.
O erro dele era pensar que estava fazendo um negócio inteligente. A verdade é que a proteção veicular para motos é uma das apostas mais arriscadas que existem. O índice de roubo e acidentes é enorme. Imagine um rateio num mês em que três ou quatro motos do grupo vão para o chão ou são roubadas? A conta fica impagável. Minha dica, que eu disse a ele com toda a seriedade do mundo: para um bem de alto risco e, muitas vezes, de alto valor como uma moto, não existe alternativa para um seguro de verdade. A garantia de uma seguradora sólida é a única coisa que te permite sentir o vento no rosto com verdadeira paz de espírito. O resto é contar com a sorte. E, como advogada, aprendi a nunca contar só com ela.